
No ato de apontar com uma mão para a frente: tens o indicador para a frente, enquanto os outros dedos estão a apontar para ti abraçados pelo polegar que te conforta.
É simples culpar ou apontar o dedo a alguém, mas cada vez gosto menos dessa sensação. Prefiro tirar o polegar dos três dedos que tenho apontados para mim e encontrar pelo menos três razões em que eu pudesse ter sido melhor para evitar apontar o dedo.
Na verdade, não tenho muitas razões para apontar o dedo, a não ser mostrar onde estão os astros para os meus filhos. Relembro quem poderia ter razões para apontar o dedo e não o fez: Martin Luther King, 1963, Washington D.C. – no discurso pela igualdade entre raças, “I have a dream”;
Com a razão indiscutível pela igualdade, não encheu sequer um dedo para o apontar (o sentimento de Posse, seja ele pela razão, por pessoas ou objectos não nos eleva ao bem). Em todo o discurso teve mãos abertas e fechadas. Apelando à igualdade no mundo, unindo todos com integridade e força, sem violência. A mensagem foi clara, numa revelação de enorme grandeza.
Sem pensar muito, o indicador é o primeiro dedo que nos lembramos para muitas ações durante todo o dia, apontar “alimenta no momento”. Mas faz-te bem? Apontar o dedo é “fast food”. Prefiro outro tipo de refeição…
É interessante observar o mundo com esta perspectiva, por isso partilhei este meu pensamento nesta altura de Estado de Emergência, provocado pelo COVID-19. Pode fazer a diferença nas ações de cada um.
Gostava que a propagação desta mensagem fosse maior que a deste novo Vírus, pois acabaríamos com ele numa semana.
Saudações,
Fiquem em casa!
Até já!
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